A Vigilância Genômica de patógenos de interesse em saúde pública consiste no monitoramento constante dos genomas desses agentes infecciosos, o que deve incluir a análise de suas similiaridades ou diferenças genéticas com relação às cepas circulantes, fornecendo dados para o auxílio de:

 

• Monitoramento de doenças de potencial epidêmico;
• Controle dos patógenos causadores dessas doenças;
• Personalização de intervenções e recomendações à população;
• Desenvolvimento de contramedidas, como vacinas e tratamentos; e
• Erradicação de doenças.

 

Deve-se destacar que Vigilância Genômica não se resume à realização do sequenciamento e de análises referentes à metodologia. Ela somente pode existir e ser efetiva para controlar surtos quando investigadores e autoridades sanitárias possuem, aliados aos dados genômicos e laboratoriais, os dados epidemiológicos, ambientais e outros dados contextuais.

 

 

Os dados genômicos, por si só, não produzem informações de qualidade se não estiverem acompanhados de metadados que os caracterizem, como localização geográfica, data de coleta, idade, sexo entre outros. Além disso, o ideal é que os dados obtidos por sequenciamento sejam compartilhados em tempo real, permitindo à comunidade científica e às autoridades a realização de análises rápidas para tomar ações em vigilância.

 

 

Ao se adicionar dados genômicos aos demais dados clínicos, epidemiológicos e sanitários, é possível entender mais rapidamente como um agente infeccioso se comporta e como controlá-lo, o que torna a Vigilância Genômica uma ferramenta poderosa para a vigilância em saúde.