Instituto Adolfo Lutz

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História

O Centro de Imunologia (CIM) do Instituto Adolfo Lutz (IAL) foi criado por meio do Decreto Nº 55.601, de 22 de março de 2010, quando na adequação organizacional houve a unificação das Seções de Sorologia e Imunologia, criadas na década de 1950 e 1960, respectivamente. Na época, estas Seções se localizavam no prédio da Virologia e desenvolviam pesquisas sobre os seguintes agravos: esquistossomose, cisticercose, sífilis, toxoplasmose, Chagas, leptospirose, meningites bacterianas e doenças autoimunes, além da produção e purificação de antígenos, soros e antissoros hiperimunes necessários ao diagnóstico destes e de outras doenças de importância em Saúde Pública.

 

Em 1979, com a construção de um novo prédio, que hoje abriga também a Secretaria de Estado de Saúde de São Paulo (SES-SP), a Seção de Sorologia ocupou parte do 10º andar e a Seção de Imunologia, o 11º andar.

 

Com o advento da carreira de pesquisador científico, novos laboratórios foram incorporados às Seções, possibilitando a ampliação de suas áreas de atuação devido ao surgimento de novos agravos de relevância em Saúde Pública. Vale destacar a atuação e participação efetiva do Centro de Imunologia nas epidemias de Meningites Bacterianas (1974), HIV/aids (1983), H1N1 (2009) e SARS-CoV-2 (2020), as quais contribuíram de forma decisiva na criação de novos laboratórios e no desenvolvimento de inovações tecnológicas e de projetos de pesquisa. Destaca-se também a implantação de Laboratórios especializados no diagnóstico e pesquisa de doenças negligenciadas como as micoses sistêmicas, HTLV, brucelose, entre outras.

 

Com o passar dos anos, importantes atividades têm sido destacadas: (i) Laboratório de HIV/aids, que em parceria com o Programa Estadual de DST/Aids implantou técnicas de avaliação imunológica e de sorologia para o diagnóstico desta infecção, em conjunto com outras atribuições voltadas ao diagnóstico de outros agentes oportunistas associados ou não à aids. Além disto, participou da implantação da estratégia de detecção de infecção pelo HIV por meio de testes rápidos e das campanhas de testagem “Fique Sabendo”; (ii) estabeleceu o Laboratório de Imunofenotipagem de linfócitos T (CD4+/CD8+) por Citometria de Fluxo, simultaneamente colaborou com a implantação de laboratórios executores deste teste no estado de São Paulo, atuando na coordenação da Rede de Laboratórios CD4+/CD8+ do estado de São Paulo, desde 1995; (iii) Laboratório de Sífilis atuou em várias ações importantes do Plano de Eliminação da Sífilis Congênita no âmbito da Secretaria de Estado da Saúde de São Paulo, com destaque a elaboração da primeira Nota Técnica sobre a padronização dos procedimentos laboratoriais para o diagnóstico sorológico da sífilis adquirida e congênita; (iv) Laboratório de Meningites Bacterianas que, inicialmente, realizava o diagnóstico imunológico e, em 2010 implantou o diagnóstico molecular das meningites e pneumonias bacterianas e, atualmente, coordena a Rede Nacional e Regional destes agravos, bem como na execução do ensaio de PCR para HTLV em casos inconclusivos/discordantes. Além disto, atua no inquérito estadual de diagnóstico molecular do tracoma; (v) Laboratório de Anticorpos Monoclonais, Vacinas e Adjuvantes com a produção de anticorpos monoclonais para caracterização de patógenos de interesse em Saúde Pública, bem como o estudo de diferentes plataformas vacinais, com foco em Neisseria meningitidis; (vi) Laboratório de Imunodiagnóstico das Micoses, com ênfase no diagnóstico da paracoccidioidomicose, histoplasmose e aspergilose, na produção e caracterização de antígenos; (vii) Laboratório de Cisticercose com desenvolvimento e implantação de metodologias necessárias à realização do diagnóstico de neurocisticercose, sendo um dos poucos laboratórios de Saúde Pública no Brasil a serviço do Sistema Único de Saúde (SUS); (viii) Laboratório de Biologia Molecular na identificação e caracterização HTLV-1, HTLV-2 e HHV-8 e no sequenciamento genético de vírus pelo Projeto VGDN; (ix) Laboratório de Produção de Materiais de Referência (MR) com competência para produzir MR e distribuí-los aos laboratórios públicos de sorologia para HIV e sífilis do estado de São Paulo, com objetivo de avaliar, monitorar e aprimorar o desempenho analítico dos mesmos; (x) Laboratório de Imunotecnologia, pioneiro na implantação da tecnologia de Phage display de bibliotecas de peptidomas sintéticos no CIM; (xi) Laboratório de Imunobiologia e Biomarcadores tem por finalidade realizar a dosagem de múltiplos parâmetros genéticos ou proteicos, padronizar painéis de imunofenotipagem de diversas de células do sistema imunológico e na avaliação multiparamétrica da resposta imune às infecções e vacinas; (xii) Laboratório de Sorologia para HTLV visa ao atendimento da demanda de confirmação sorológica de casos suspeitos de infecção pelo HTLV-1/2; (xiii) Laboratório de Sorologia para SARS-CoV-2 atende à investigação de casos suspeitos de Síndrome Inflamatória Multissistêmica Pediátrica e do Adulto (SIM-P/A) temporalmente associada à Covid-19, em parceria com o Centro de Vigilância Epidemiológica/Divisão de Doenças Respiratórias da Coordenadoria de Controle de Doenças/SES-SP; (xiv) Laboratório de IGRA-TB colabora com a coordenação da Rede Estadual na testagem e avaliações técnicas dos casos de tuberculose latente; (xv) Laboratório de Brucelose realiza o diagnóstico sorológico e molecular de brucelose, sendo um dos poucos laboratórios de Saúde Pública no estado de São Paulo e no Brasil que presta este serviço ao SUS.

 

Atualmente, o Centro de Imunologia conta com uma Equipe especializada que realiza ensaios de diagnóstico de diferentes graus de complexidade, produz materiais de referência para o monitoramento do desempenho analítico dos laboratórios, promove inovação tecnológica com produção de antígenos e anticorpos, desenvolve projetos de pesquisa de importância para a Saúde Pública e atua como Laboratório de Referência em diferentes agravos. No âmbito da Vigilância Epidemiológica, os pesquisadores coordenam e participam de Sub-redes Nacionais e Estaduais de diagnóstico e monitoramento de meningites bacterianas, sífilis, HIV/aids, CD4+/CD8+ e paracoccidioidomicose. Ademais, os profissionais do CIM são responsáveis pela elaboração e publicação de Manuscritos Científicos, Manuais e Documentos Técnicos, que servem de orientação para as atividades desenvolvidas em outros laboratórios.

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